Com a ajuda e criatividade do pai, o pequeno Blake, de dois anos, se despediu da chupeta “Binky” sem traumas e de uma maneira lúdica

Dar adeus à chupeta pode ser uma etapa difícil para a criança, mas Scott Burnett, pai de Blake, transformou o processo em um momento muito especial. Após uma conversa amorosa com o filho, que à época tinha 2 anos, os dois se despediram de Binky, a chupeta, com sorrisos e muita alegria.

O vídeo, publicado no YouTube pelo pai norte-americano, mostra Blake preparando-se para a despedida. Após uma última soneca com a chupeta, pai e filho vão até a calçada de casa e amarram Binky a alguns balões coloridos cheios de gás hélio. Mesmo hesitando durante alguns segundos, Blake enfim solta sua companheira de plástico em direção ao céu.

Na publicação, Burnett explicou que o processo, nada traumático, ocorreu de forma simples. Um dia, planejamento e um diálogo criativo foram elementos essenciais para incentivar a criança a dar adeus à chupeta.

Para os especialistas, o passo a passo é justamente esse e, em alguns casos, pode-se recorrer a alguns outros métodos além da conversa. “Estabeleça um sistema de recompensa até a completa eliminação do hábito”, diz o ortodontista Alexandre Moro, presidente da Associação Paranaense de Ortodontia. Para a ortodontista Renata Garcia Pena, do Instituto de Ortodontia de Curitiba, fazer um furo no plástico da chupeta faz com que ela “perca a graça”.

A retirada da chupeta deve ser feita antes dos três anos de idade. Após essa fase, podem surgir alguns problemas relacionados à dentição, como alterações na arcada dentária (mordida cruzada ou aprofundamento do palato) e dificuldades na deglutição, fala e respiração. Caso o uso seja moderado até essa idade, quando surge a primeira dentição, os danos são reversíveis. Alguns outros problemas, porém, são difundidos como se fossem verídicos, mas nem sempre são. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre o uso da chupeta:

Entorta os dentes

Após os três anos, quando ocorre a transformação óssea dentária, pode, sim,  acontecer uma deformação.

Previne a morte súbita

Estudos preliminares indicam que recém-nascidos que a usam têm mais facilidade para despertar e respirar pela boca.

Dá cárie

Não. O que causa cáries é o açúcar/mel que os pais costumam passar na chupeta para acalmar a criança.

Influencia o desmame

Sim, a criança se acostuma a procurar menos o peito e, ao mamar, suga errado o bico do seio.

Abandoná-la causa traumas

Não haverá traumas se a retirada for realizada gradativamente.

Dificulta a comunicação

As crianças que passam muito tempo com a chupeta acabam se expressando menos.

Mamar no peito

Mamar no peito ajuda a desenvolver a mandíbula e ossos da face, músculos da mastigação e da oclusão dentária e da respiração, diz Orlando Tanaka, ortodontista e professor da PUCPR.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/pai-convence-filho-a-dar-adeus-a-chupeta-de-forma-inedita/

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